Esta semana eu me vi sem ideias definidas para escrever o artigo. Geralmente as ideias vão surgindo naturalmente durante a semana, às vezes, tenho várias, então escolho um tema e a forma de abordá-lo.

Sempre tive facilidade para me expressar na escrita. Quando era criança, se eu discutia com alguém escrevia uma carta pedindo desculpas, se gostava muito de uma pessoa, escrevia poesias para presenteá-la. Escrever sempre foi natural para mim, como comer e beber água. Todavia, hoje ao me deparar com as teclas do computador minha mente parece vazia, ou estaria “cheia demais”?

Tantas coisas importantes aconteceram esta semana e que eu poderia explorar: o aniversário do 11 de setembro; os suicídios que estão acontecendo na nossa cidade; a linda manifestação da vida divulgada pela imprensa que mostrou ontem uma mãe de cinquenta e dois anos que deu a luz pela primeira vez; a semana da educação inclusiva, assunto que me toca de forma tão especial, etc. No entanto, nenhum tema parece superar o desafio interno que estou enfrentando.

Sobre o que escrever?

Esta coluna, que tão gentilmente me foi cedida pelo Carlos e pela Vany, tem me proporcionado experiências novas. Uma professora me disse uma vez que quem escreve quer ser lido e eu sempre quis. Percebo, agora, a responsabilidade de expor minhas opiniões e ideias. As respostas aparecem nos e-mails,nas perguntas e críticas que me fazem, e a cada novo artigo eu aprendo mais. Por isso gosto muito de refletir sobre cada tema e ponderar sobre a linha de análise que irei adotar, pois a cada novo texto surge uma nova responsabilidade.

Outro dia me perguntaram por que eu não escrevo sobre política, eu respondi que não tenho muito domínio sobre o assunto, mas que, provavelmente eu escreva sobre isso, pois política é muito importante. Há quem gostaria que eu escrevesse textos humorísticos, histórias engraçadas, piadas. Desculpe! Admiro que tenha habilidade para escrever comédias, eu não tenho!Talvez eu consiga, se tentar falar de política!

Meu processo de escrita é muito simples, eu vejo algo que me impressiona, instiga ou excita e a única coisa que vem à cabeça é escrever sobre o assunto. Meu objetivo é provocar reflexão, pois há certa carência de espírito crítico em algumas pessoas.

Não tenho intenção, nem competência para ditar o certo e errado, de fazer críticas demasiadas, mas não posso me furtar à oportunidade de expressar a minha indignação diante de fatos, situações e até de sentimentos.

Estamos vivendo uma época de intensos desafios, e se eu conseguir que a cada semana, mais alguém além de mim, pare por um minuto para refletir sobre os assuntos que trato nesta coluna, já me sinto realizada. É para isso que escrevo, para me abrir para o mundo e para contribuir com a sociedade da única maneira que eu sei: Escrevendo!

Obrigada leitor, por cada semana que lê minha coluna, mesmo hoje, quando eu tive a indelicadeza de ser o assunto.

Simone Fiorito