Modernismo: Ernest Hemingway
Modernismo: Ernest Hemingway

Este trabalho também foi feito em conjunto com amigos queridos, mas, mais uma vez preferi suprimir seus nomes pois não obtive contato para solicitar autorização. Trata-se de uma pesquisa simples, mas muito interessante sobre o Modernismo nos Estados Unidos e em especial sobre o escritor Ernest Hemingway e sua obra prima O velho e o mar:


 

 

 

 

 

MODERNISMO: ERNEST HEMINGWAY

 

 

 

 

 

                                  

                                              

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

 

Introdução                                                                                                                               4

1. Escola Literária                                                                                                                  5

2. Biografia                                                                                                                            13

3. Características Modernistas do Autor                                                                            17

4. Análise da Obra                                                                                                                20

5. Além da Literatura                                                                                                           22                    

Conclusão                                                                                                                              24

Referências Bibliográficas                                                                                                  25

Referências Gerais                                                                                                               26

Anexo                                                                                                                                    27       


INTRODUÇÃO

 

 

O modernismo foi um movimento literário e artístico que se iniciou no século XX, marcado pela mudança das tradições, convenções e perspectivas do pensamento e da produção artística.

No modernismo norte-americano é possível observar na literatura a grande influência, não só dessas características, mas dos acontecimentos históricos pelos quais o país passava.

Ernest Hemingway é um dos autores que viveu intensamente estes conflitos modernos, sendo possível identificar nas entrelinhas de suas obras resquícios de sua vida.

Muitas de suas obras, como O velho e o mar, foram eternizadas por meio de produções cinematográficas, músicas etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1          ESCOLA LITERÁRIA

 

 

O Modernismo nos Estados Unidos possui características semelhantes as que formataram este período das artes e literatura em outras regiões do mundo.

Esta escola foi altamente influenciada pelas vanguardas artísticas européias, como o Dadaísmo, o Futurismo e o Surrealismo. Todavia, nos Estados Unidos, no que compete a literatura, é possível verificar, não somente as influencias destes Movimentos externos, como uma personalização de sua escrita moderna.

Esta identidade específica do Modernismo norte americano é resultado de suas características históricas e sócias durante o início do século XX.

O período histórico compreendido entre as duas guerras mundiais provocou mudanças nos Estados Unidos, apesar do pouco envolvimento do país nos conflitos, o retorno dos combatentes americanos ao lar é tido, por alguns historiadores, como a perda da inocência, pois muitos deles voltaram traumatizados da guerra e quase todos não conseguiram retomar as suas vidas do ponto que deixaram. Houve muito êxodo rural.

Embora o pós guerra tenha produzido aspectos negativos na sociedade americana, contribuiu para que o país se modernizasse, pois, depois de conhecer outras culturas, os ex combatentes americanos trouxeram para o país um novo modo de viver, mais urbanizado, moderno, buscavam prosperidade e dinheiro para usufruir a vida.

O povo americano prospera, mas há um estado de inconformismo com relação às questões sociais. Isto se reflete na literatura produzida no modernismo americano. Diversos romances, entre eles O Sol Também se Levanta (1926), de Hemingway, e Este Lado do Paraíso (1920), de Fitzgerald, entre outros, evocam a desilusão sentida neste período.

O Modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os Estados Unidos nos primeiros anos do século 20, expressava um sentido de vida moderna pela arte como ruptura da vida diária do período, muitos artistas e escritores, com graus variados de sucesso, reinventaram formas artísticas tradicionais e buscavam radicalmente outras novas.

 

Esta tendência dinâmica, indicando a necessidade de renovação e a crença de que é possível uma superação constante, baseada na idéia da “modernidade”, fez com que o início do século XX fosse um momento de mudanças consideráveis, principalmente na substituição de valores antigos e na preocupação de levar a pesquisa a todos os campos das atividades humanas.

Na arte literária, a atitude moderna da época presente em oposição às antigas coloca acima de tudo, o particular, o local, a circunstância, o pessoal, o subjetivo, o relativo e a diversidade.

São características literárias do Modernismo:

Liberdade de expressão: Provavelmente a maior conquista dos modernistas, a concepção libertária da criação artística, seja na literatura, nas artes plásticas ou em outros segmentos, proporcionou aos artistas trabalharem interamente com sua própria interiorida e seu livre arbítrio. A estética, a forma, a concepção de cores nas artes plásticas, assim como a falta da estrutura clássica (métrica, rima etc.), na literatura, demonstram um novo pensamento de criação artística.

Incorporação do cotidiano:  A valorização do cotidiano, o prosaico, o diário, o grosseiro, o vulgar, o resíduo etc. trazem para a literatura uma nova gama temática, remetendo a assuntos nunca antes explorados. O artista conscientiza-se de que tudo pode ser valorizado e se tornar, assim, literário.

Linguagem simples e coloquial: O antiacademicismo, e o anticonvencionalismo temático, encontram correspondência na linguagem moderna. Repleta de inovações técnicas, a linguagem é extremamente espontânea, coloquial, mesclando expressões da norma culta com termos puramente populares. O artista se sente livre para usar colóquios prosaicos, erros gramaticais e palavras comuns.

Inovações Técnicas: O rompimento com padrões culturais e estéticos do século XIX, faz surgir novas técnicas de escritura, tanto no domínio da poesia, quanto no da ficção. Algumas inovações foram:

O verso livre: o verso já não está sujeito ao rigor métrico e as formas fixas de versificação, como o soneto, por exemplo. Também a rima se torna desnecessária.

 

 

- A destruição dos nexos: os chamados nexos sintáticos, preposições, conjunções etc., são eliminados da poesia moderna, que se torna mais solta, mais descontinua e fragmentária e, fundamentalmente, mais sintética. No plano da prosa, essas elipses geraram o estilo telegráfico: frases curtas e sincopadas.

- A enumeração caótica: consistem no acúmulo de palavras que designam objetos, seres, sensações, vinculados a uma idéia ou várias idéias básicas, sem ligação evidente entre si.

- O fluxo de consciência: Trata-se de um monólogo interior levado para o texto de ficção sem qualquer obediência à normalidade gramatical, à lógica e mesmo à coerência. É a mente do personagem revelada por ele próprio, sem nenhum tipo de barreira racional.

- A colagem e montagem cinematográfica: ainda no campo da narrativa, valoriza-se a fragmentação do texto, sua montagem em blocos, a "colagem" de notícias de jornais, cartazes, telegramas, etc.. Ou ainda a utilização de várias vozes narrativas (primeira e terceiras pessoas no mesmo livro).

- A eliminação dos sinais de pontuação: os sinais tornam-se facultativos, com o escritor subordinado ao uso de pontos, vírgulas, travessões, etc.Há uma disposição estilística- -psicológica e não a regras gramaticais. Sua eliminação freqüente visa dar ao texto um aspecto de caótico ou febril.

Ambiguidade: O discurso literário perde o sentido fechado (uma interpretação) que geralmente possuía no século XIX, e passa a ser polissêmico, uma rede de significações que permite múltiplos níveis de leitura.

Paródia e Paralelismo: Os modernistas realizam releituras de textos famosos do passado, reescrevendo-os em forma de paródia. Outros se utilizam de trechos de antigas obras e fazem uma “modernização” do tema.

 

O modernismo na literatura provocou uma revolução no modo de pensar e de conceber esta arte:

Integração cultural e social, os problemas e a realidade vivida no cotidiano das sociedades são revelados na sua literatura;

Sincretismo de tendências;

Romance e outros gêneros com tendências universalizantes;

Ineditismo na linguagem;

Identificação da sociedade com a literatura que era produzida por ela, ou seja, uma literatura que representa a sociedade e que pode ser facilmente compreendida por ela.

 

Na literatura modernista dos Estados Unidos, é possível perceber que, além de todas estas características comuns ao período, há forte representação dos anseios do povo americano, muita alusão e temáticas voltadas para a guerra e a vida pós guerra, o povo americano é referenciado como lutador e guerreiro.

São alguns representantes deste período no país, os escritores:

Thomas Stearns Eliot recebeu a melhor educação em comparação a qualquer outro grande escritor americano de sua geração. Freqüentou a Faculdade de Harvard, a Sorbonne e a Universidade de Oxford. Estudou sânscrito e filosofia oriental, o que influenciou sua poesia. Como seu amigo, o poeta Ezra Pound, foi para a Inglaterra cedo e se tornou figura de destaque no mundo literário inglês. Um dos poetas mais respeitados de sua época, sua poesia iconoclasta modernista, aparentemente ilógica ou abstrata teve impacto revolucionário.

Em “A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock” (1915), o impotente e velho Prufrock acha que “mediu sua vida em colherinhas de café” — a imagem das colherinhas de café refletindo uma existência enfadonha e uma vida desperdiçada. A famosa abertura de “Prufrock” convida o leitor para vielas urbanas de mau gosto que, como a vida moderna, não oferece respostas às questões da vida:

 

Sigamos então, tu e eu,
Enquanto o poente no céu se estende
Como um paciente anestesiado sobre a mesa...
(Tradução de Ivan Junqueira)

 

Imagens semelhantes permeiam “A Terra Desolada” (1922), que ecoa o “Inferno” de Dante para evocar as ruas apinhadas de Londres na época da Primeira Guerra Mundial:

 

Sob a fulva neblina de uma aurora de inverno,
Fluía a multidão pela Ponte de Londres, eram tantos,
Jamais pensei que a morte a tantos destruíra... (I, 60-63)
(Tradução de Ivan Junqueira)

 

 

Robert Frost (1874-1963)

Robert Lee Frost nasceu na Califórnia, mas foi criado em uma fazenda no nordeste dos EUA até os 10 anos. Como Eliot e Pound, Frost foi para a Inglaterra, atraído por novos movimentos poéticos. Escreveu sobre a vida nas fazendas tradicionais da Nova Inglaterra (no nordeste dos Estados Unidos), mostrando nostalgia pelo estilo de vida do passado. Seus temas são universais — colheita de maçã, muros de pedra, cercas, estradas rurais. Embora sua abordagem fosse clara e acessível, seu trabalho muitas vezes só é simples na aparência. Muitos poemas sugerem um sentido mais profundo. Por exemplo, uma noite tranqüila e nevosa pode sugerir, por meio de uma combinação de rimas quase hipnótica, a aproximação não de todo indesejada da morte. De “Stopping by Woods on a Snowy Evening” [“Parado no Bosque Numa Noite de Neve”] (1923):

 

De quem é esse bosque acho que sei.
Sua casa, no entanto, fica na aldeia;
Ele não me verá parado aqui
Olhando seu bosque se cobrir de neve.

 

Embora a prosa americana no período entre guerras tenha feito experimentações relativas ao ponto de vista e à forma, de modo geral os americanos escreviam de maneira mais realista do que os europeus. A importância de enfrentar a realidade tornou-se tema dominante nas décadas de 1920 e 1930: escritores como F. Scott Fitzgerald e o dramaturgo Eugene O’Neill retrataram diversas vezes a tragédia que aguardava aqueles que vivem de sonhos frágeis.

 

 

F. Scott Fitzgerald (1896-1940)

A vida de Francis Scott Key Fitzgerald parece um conto de fadas. Durante a Primeira Guerra Mundial, Fitzgerald se alistou no Exército americano e se apaixonou por uma moça rica e bonita, Zelda Sayre, que morava em Montgomery, no Alabama, onde ele estava estacionado. Depois de ter sido dispensado no fim da guerra, foi em busca de sua fortuna literária na cidade de Nova York para poder se casar com ela.

Seu primeiro romance, Este Lado do Paraíso (1920), se tornou um best-seller, e aos 24 anos se casou com Zelda. Nem um dos dois estava preparado para lidar com as pressões do sucesso e da fama, e acabaram dissipando o dinheiro que tinham. Em 1924, mudou-se para a França para economizar e retornaram sete anos depois. Zelda tornou-se mentalmente instável e precisou ser internada; Fitzgerald virou alcoólatra e morreu jovem como roteirista de cinema.

Fitzgerald garantiu seu lugar na literatura americana principalmente com seu romance O Grande Gatsby (1925), história escrita com brilhantismo e economicamente estruturada sobre o sonho americano do homem que se fez sozinho (self-made man). O protagonista, o misterioso Jay Gatsby, descobre o preço devastador do sucesso em termos de realização pessoal e do amor. Mais do que qualquer outro escritor, Fitzgerald captou a vida de esplendor e desespero dos anos 1920.

 

Ernest Hemingway (1899-1961)

Poucos escritores tiveram um vida tão intensa quanto Ernest Hemingway, cuja carreira poderia ter saído de um de seus romances de aventura. Como Fitzgerald, Dreiser e muitos outros romancistas do século 20, Hemingway veio do Meio Oeste dos EUA. Apresentou-se como voluntário para trabalhar como motorista de ambulância na França durante a Primeira Guerra Mundial, mas foi ferido e ficou hospitalizado por seis meses. Depois da guerra, como correspondente de guerra baseado em Paris, encontrou os escritores americanos expatriados Sherwood Anderson, Ezra Pound, F.. Scott Fitzgerald e Gertrude Stein. Stein, em particular, influenciou seu estilo conciso.

 

Depois de ficar famoso com o romance O Sol Também se Levanta, ele continuou a trabalhar como jornalista, cobrindo a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial e a luta na China na década de 1940. Durante um safári na África, feriu-se em um acidente com seu pequeno avião; apesar disso, continuou gostando de caçadas e da pesca esportiva, atividades que inspiraram alguns de seus melhores trabalhos. O Velho e o Mar (1952), breve romance poético sobre um pobre e velho pescador, cujo peixe imenso pescado em mar aberto é devorado por tubarões, rendeu-lhe o Prêmio Pulitzer em 1953; no ano seguinte, recebeu o Prêmio Nobel. Acossado por um histórico familiar problemático, doenças e por acreditar que estava perdendo o dom de escrever, o escritor se matou com um tiro em 1961.

Hemingway é considerado o mais popular romancista americano. Seus interesses são basicamente apolíticos e humanísticos, e nesse sentido ele é universal.

Como Fitzgerald, Hemingway se tornou porta-voz de sua geração. Mas ao invés de retratar seu glamour fatal, como fez Fitzgerald, que nunca lutou na Primeira Guerra Mundial, Hemingway escreveu sobre a guerra, a morte e a “geração perdida” de sobreviventes desiludidos. Seus personagens não são sonhadores, mas toureiros, soldados e atletas durões. Se intelectuais, são profundamente marcados e desiludidos. Sua marca registrada é o estilo claro desprovido de palavras desnecessárias. Usa com freqüência a contenção. Em Adeus às Armas (1929) a heroína morre ao dar à luz dizendo: “Não tenho medo. É só um golpe baixo.” Certa vez comparou sua produção literária a icebergs: “Para cada parte que se revela, há sete oitavos debaixo d’água.”

 

William Faulkner (1897-1962)

Nascido em uma antiga família sulista, William Harrison Faulkner foi criado em Oxford, no estado do Mississippi, onde viveu grande parte de sua vida. Faulkner recria a história da terra e das várias raças que nela viveram. Escritor inovador, Faulkner fez experimentações brilhantes com a cronologia narrativa, diferentes pontos de vista e vozes (inclusive a de párias, crianças e analfabetos) e um rico e absorvente estilo barroco, constituído de frases extremamente longas.

 

Entre os melhores romances de Faulkner estão O Som e a Fúria (1929) e Enquanto Agonizo (1930), duas obras modernistas que fazem experimentações com pontos de vista e vozes para explorar fundo o drama de famílias sulistas sob a tensão de perder um membro da família; Luz em Agosto, sobre as relações complexas e violentas entre um mulher branca e um homem negro; e Absalom, Absalom! (1936), talvez seu melhor livro, sobre a ascensão de fazendeiro que subiu na vida por seu próprio esforço e sua trágica queda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2          BIOGRAFIA

 

 

Ernest Hemingway (1899-1961), born in Oak Park, Illinois, started his career as a writer in a newspaper office in Kansas City at the age of seventeen.

Ernest Hemingway (1899-1961) nasceu em Oak Park, Illinois, iniciou sua carreira como escritor em um escritório do jornal em Kansas City, com a idade de dezessete anos. Depois que os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, juntou-se a uma unidade de ambulância como voluntário no exército italiano. Tendo servido na frente de batalha, foi gravemente ferido e posteriormente, veio a ser  condecorado pelo governo italiano. Após o seu regresso aos Estados Unidos, tornou-se um repórter para jornais canadenses e norte-americanos e logo foi enviado de volta à Europa para cobrir eventos como a Revolução Espanhola.

No transcorrer dos anos vinte, Hemingway se tornou membro do grupo de expatriados americanos em Paris, que ele descreveu em seu primeiro trabalho importante. Igualmente bem sucedido foi A Farewell to Arms (1929), o estudo da desilusão em uma ambulância oficial norte-americana na guerra. Hemingway usou suas experiências como repórter durante a guerra civil da Espanha como pano de fundo para o seu romance mais ambicioso, Por Quem os Sinos Dobram (1940). Entre seus trabalhos mais tarde, o mais proeminente é o curto romance, O Velho e o Mar (1952), a história da viagem de um velho pescador, sua luta com um peixe e o mar.

Hemingway tinha como característica literária a prosa direta, o diálogo de reposição, e sua predileção por sub avaliação são particularmente eficazes em seus contos, alguns dos quais são coletadas em Men Without Women (1927) e A Quinta Coluna e o First Forty-Nine Stories (1938).

Hemingway fue un escritor que supo contener todo eso.Hemingway foi um escritor que soube conter tudo. Sus novelas eran tragedias que contenían amor, girando casi siempre alrededor de grandes problemas morales. Seus romances foram tragédias que continham o amor, quase sempre girando em torno de grandes problemas morais.

Sua literatura também tem como característica aEn su literatura se representa la lucha ambigua del bien y el mal. ambígua luta do bem e do mal, que é muito bem representada pelaEl bien representado por el honor, la lealtad y el valor en la lucha, mientras que el mal lo encarnaba la cobardía y la falsedad. honra, lealdade e coragem na batalha, enquanto o mal foi incorporado à covardia e o engano. Las críticas más severas que recibieron sus escritos no radicaban sobre estos temas.

En el año 1.952 se publica “El Viejo y el Mar”.Em 1952 publicou sua maior obra: "O Velho e o Mar". Al año siguiente recibe el premio Pulitzer. No ano seguinte, recebeu o Prêmio Pulitzer. Y solo dos años después, el Nóbel de Literatura. E apenas dois anos mais tarde, o Prémio Nobel da Literatura. Sobre “El Viejo y el Mar”, quizá su mejor relato, dio a entender que había tardado treinta años en escribirlo. Esta obra é considerada como sua melhor história, a qual foi escrita enquanto residiu em cuba, mas que na verdade mais parece um relato de sua própria vida, que foi uma grande aventuraTodo el tiempo que había estado pescando en aguas cubanas y en otros lugares.. Como siempre buscando aventura, escribiendo la novela de su propia vida.

No romance “Ter ou não ter”, o protagonista conclui uma sombria reflexão sobre o suicídio com estas palavras:

“outros seguiram a tradição indígena da Colt ou da Smith & Wesson, instrumentos bem fabricados, que, com o apertar de um dedo, terminam com a insônia, acabam com os remorsos, curam o cancro, evitam as falências, abrem uma saída a situações intoleráveis, admiráveis instrumentos americanos fáceis de levar, de resultado seguro, tão bem projetados para por fim ao sonho americano quando este se transforma em pesadelo, e cujo inconveniente é a porcaria que deixam para a família limpar”.

 

Na biografia canônica de Hemingway escrita por Hotchner publicada pela Bertrand Editora em 1999, coincidindo com o centenário da morte do escritor, encontramos as circunstâncias reais em que a pistola chegou às mãos do escritor:

“Alguns anos mais tarde, pelo Natal, recebi um embrulho da minha mãe. Continha o revolver com que o meu pai se suicidara. Trazia um bilhete dizendo que achava que eu talvez gostasse de o ter, mas não explicava se era agoiro ou profecia.” Esta entrega adquire conotações ainda mais funestas, quando temos em conta que o escritor sempre culpou a mãe da morte do pai”.

 

O prelúdio da sua tragédia definitiva começou em 1960, quando surgiram os primeiros sintomas de uma grave fase depressiva, provavelmente desencadeada pelo marcado abuso de álcool.

O escritor apresentava simultaneamente sintomas psicóticos de tipo persecutório, referindo sentir-se perseguido por agentes do F.B.I. Foi observado pelo psiquiatra Howard Rome, que recomendou o seu internamento na Clínica Mayo para iniciar terapia eletro-convulsiva.

O desejo de “escrever o que realmente aconteceu na vida real” sobre assuntos de relevância para a condição humana levou Hemingway aos mais diversos lugares do planeta: à Itália, durante a primeira guerra mundial; a Paris, quando a capital francesa era o centro literário e cultural do mundo; à Espanha, durante a guerra civil; à África; a Cuba; à China, durante a invasão japonesa; e à Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial. Nestes lugares ele teve a oportunidade de tecer relatos de estilo jornalístico que se desdobram sobre temas centrais para a experiência humana no século vinte: a guerra, o crime, o medo da morte, o amor, a perda. Traçou assim um esboço do que preocupava e afligia as pessoas de sua geração e descreveu um mundo moderno que pode ser perigoso e muitas vezes nocivo e amoral.

Ernest Hemingway cometeu suicido em 2 de julho de 1961.

 

Obras publicadas

 

Romances

1925 The Torrents of Spring

1926 The Sun Also Rises (O Sol Também Se Levanta)

1929 A Farewell to Arms (Adeus às Armas)

1937 To Have and Have Not (Ter e Não Ter)

1940 For Whom the Bell Tolls (Por Quem os Sinos Dobram)

1950 Across the River and Into the Trees (Do Outro Lado do Rio e Entre as Árvores)

1952 The Old Man and the Sea (O Velho e o Mar)

1962 Adventures of a Young Man (Aventuras de um Homem Jovem)

 

Não-ficção

1932 Death in the Afternoon

1935 Green Hills of Africa

1960 The Dangerous Summer

1964 A Moveable Feast (Paris é uma Festa)

 

 

 

Contos e pequenas histórias

1923 Three Stories and Ten Poems

1925 In Our Time

1927 Men Without Women

1932 The Snows of Kilimanjaro

1933 Winner Take Nothing

1938 The Fifth Column and the First Forty-Nine Stories

1947 The Essential Hemingway

1953 The Hemingway Reader

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3          CARACTERÍSTICAS MODERNISTAS DO AUTOR

 

 

Marca de brutalidade a todos os assuntos que trata

O período que sucedeu a uma guerra brutal, que foi a Primeira Guerra Mundial, não podia deixar de produzir uma literatura que incita a guerra.

 

 

Trivialidade de assuntos

Os autores americanos usaram deste estilo para tratar do que desejassem, qualquer que fosse o local, induzindo o leitor que resiste a certas influencias à coisas vis. Juntamente A linguagem usada em suas obras é uma linguagem utilizada por soldados, já que Hemingway foi guerrilheiro da guerra civil Espanhola, seu estilo cheira suor, recendendo à lama das trincheiras. Em sua linguagem também se encontra abundancia de blasfêmias.

 

 

Pessimismo

O pessimismo dos autores reflete-se nos seus personagens e os impedem de viver intensamente cada momento da vida, inclusive os dos prazeres que seu vigor físico possa colher, isso é típico de Hemingway e dos tempos.

O coronel Cantwell, herói maduro da novela, em parte autobiográfica de Ernest Hemingway no livro “Do outro lado do rio e entre as árvores”, inscreve-se entre os que não crê em nada, homem para quem só existe no mundo o mistério do amor e a ocasional coragem dos homens, que não vê alvo na vida. Num passeio deslumbrado pela cidade de Veneza deixa escapar esta exclamação:

“Eu seria capaz de passear a vida inteira nesta cidade”

Mas logo se retrata dizendo:

“A vida inteira, que caçoada!”

A filosofia de qualquer um desses romancistas poderia ser resumida nessa atitude do coronel Cantwell. A camada de angústia espiritual desligada de qualquer fé e enterrada no entulho dos interesses do corpo é superficial em Hemingway.

Todos fazem à brutalidade caminhar de passo com a crueldade. Não é a mesma crueldade de Edgar Allan Poe.

 

Homem mais animalizado

Jamais havia se mostrado em literatura um homem mais animalizado, este fato torna a literatura opressiva de impulsos violentos, mas as dores são surdas e roedoras. O prazer apóia-se muito na bebida, e o amor é na maioria das vezes relativo.

As figuras femininas não têm profundidade, mas o amor, segundo Hemingway, em geral as faz generosas e desinteressadas.

 

Crianças e mulheres

As crianças quase não aparecem nessa literatura de homens fortes, apenas Steinbeck criou com um menino Vallery, uma figura infantil digna de mencionar-se. As mulheres geralmente aparecem como amantes, mas raramente como esposas ou mães. As raras mulheres que se destacam, como a Pilar de “por quem os sinos choram”.

 

A coragem nos momentos supremos

Hemingway usa a coragem como uma forma mais ativa, mas é sempre coragem. Hemingway faz aparecer tanto no guerrilheiro americano morrendo por suas idéias em terra Espanhola, quanto no caçador agonizando impassível em “The Snows of Kilimanjaro”, ou ainda no toureiro do conto “The Undefeated”, ou por fim no velho pescador de “O velho e o mar”.

 

Não advoga a derrota definitiva do espírito.

A literatura de Hemingway não pode advogar a derrota definitiva do espírito mesmo nos exercícios corporais, porque os próprios autores eram homens que havia feito as provas Hemingway havia sido combatente na Primeira Guerra Mundial e depois na Guerra Civil Espanhola, traz todas as marcas de tempos de guerra em que a familiaridade com a morte soma-se com a sede de gozar, resultando inevitavelmente em brutalidade impiedosa.

 

Descredibilidade de crenças positivas

Hemingway não mostra crenças positivas, quer religiosa, quer filosófica, mas a marca de sua hereditariedade cristã não deixa de aparecer sob o manto suas blasfêmias. No entanto é difícil esclarecer se no conto “Today is Friday”, o autor tem base de respeito e de fé, ou se é apenas uma rebelde homenagem ao Homem - Deus.

 

 

Representante da rudeza

Hemingway foi dos mais destacados representantes de rudeza literária, essa rudeza e insensibilidade aparecem integralmente desde seu primeiro romance “Adeus às armas”. Reproduziu conflitos físicos com a mesma dureza e insensibilidade, seu elemento dominante foi a luta, quer das trincheiras que conheceu na Primeira Guerra Mundial quer a das guerrilhas na Guerra intestina na Espanha.

 

Fusão entre razão e instinto

Em seu livro “Por quem os sinos dobram”, Hemingway usa sua experiência de guerrilheiro na Espanha e escreveu um monologo que é no fundo um diálogo entre razão e instinto, foi uma verdadeira inovação literária. O monologo se passa debaixo de uma ponte onde um voluntário americano espera as mortes, em que se ouve resmungo, raciocínio e recomendações para que fique calmo, para que possa conseguir salvação e para que resista a tentação do suicídio por medo de cair nas mãos dos inimigos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4          ANÁLISE DA OBRA

 

 

Para análise da obra, foi selecionado o título O Velho e o Mar.

Trata-se da história de um velho pescador que não pescava nenhum peixe há muitos dias.

Por causa da sua má sorte, ficou sem o seu ajudante, um garoto que os pais ordenaram trabalhar em outro barco.

Ao longo da história, o velho revela sua sabedoria diante do mar e coloca toda sua esperança na possibilidade de uma pesca rentável e decisiva na sua vida.

A relação do personagem com o mar e os seres que lá vivem é extremamente respeitosa e sóbria.

O velho apesar da idade e de sua condição física, desafia a si próprio e também a força da natureza.

O livro estabelece relações constantes entre a sabedoria do velho e do peixe, a profundidade das emoções e o envolvimento do personagem com aquele peixe tão grande e tão promissor.

Mesmo o velho com toda sua sabedoria e vivência no mar, se deixa levar pela ilusão de pescar um peixe imenso e muito maior do que poderia pescar. Desconsiderou a distância de casa e assumiu a responsabilidade de pescar aquele gigante porque precisava, vender a carne para ter dinheiro, mas acima de tudo, precisava vencer os limites que ultrapassam a idade e os sonhos.     

Foi selecionado o trecho no qual o velho retorna para casa.

“O vento é o nosso amigo, seja lá como for”, pensou. “Às vezes”, acrescentou em seguida. “E o grande mar, com os nossos amigos e inimigos. E a cama”, acrescentou em pensamento. “A cama é minha amiga. De cama é que eu preciso. Espero por ela com uma grande impaciência. É fácil quando se está vencido”, pensou o velho pescador. “Eu nunca tinha sido derrotado e não sabia como era fácil. E o que me venceu?”, pensou ele.

- Nada – disse em voz alta. – Fui longe demais.

(...)

Desarmou o mastro e enrolou a vela, amarrando-a. Colocou o mastro às costas e começou a subir a rampa que ia dar na aldeia. Foi então que conheceu como era profundo o seu cansaço. Parou a meio caminho durante instantes e viu no reflexo das luzes da rua a grande cauda do peixe, erguendo-se bem mais alto do que a popa da embarcação. Viu a linha branca da espinha dorsal, despojada da carne, a escura massa da cabeça com a espada projetando-se na escuridão e o grande vazio provocado pela falta da rica carne do peixe.” (página119)

 

A dor e a derrota presentes nessa parte atingem profundezas colossais que arrebatam o leitor.

A derrota do pescador é muito mais do que um simples insucesso, é algo que atinge as certezas humanas a ponto de nos aproximar dele.

Muitas vezes nos lançamos, como o pescador, à procura da realização de feitos grandiosos que nos garantam segurança e glória. E nada se opõe a essa possibilidade, tornamo-nos invencíveis e corajosos.

O contato com a complexidade dessa realização acontece quando já não mais se pode voltar atrás e aí nos cercamos de julgamentos e crises de realidade crueis e insólitos.

O velho só pode ter contato com o seu feito no momento em que a ilusão o abandonou e ele em alto mar, sozinho e fraco, precisou se acalmar e se orientar para não pagar com a vida o preço do que almejou.

O mar e o velho compõem conflitos e reflexões sobre questões inerentes a todos.

É a profundidade das emoções, das derrotas, das incertezas e da sabedoria daquele velho pescador que tornam essa obra tão maravilhosa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5          ALÉM DA LITERATURA

 

 

Além de suas obras literárias, também podemos encontrar Ernest Hemingway em outros campos artístico:

 

Cinema

No amor e na guerra/ filme

Este drama romântico é baseado nos diários de Agnes Von Kurowsky, que viveu uma história de amor, durante a Primeira Guerra Mundial, com um jovem que viria a se tornar uma das maiores figuras da literatura do século XX, Ernest Hemingway. Em 1918, Ernest (Chris O Donnell) se alistou para lutar na guerra e rapidamente descobriu seus horrores. Com a perna gravemente ferida e com o risco de ser amputada, Ernest encontra a ajuda da enfermeira austríaca Agnes (Sandra Bullock).

 

For Whom the Bells Tolls/ filme

Esta novela foi baseada na obra Por quem os sinos dobram de Ernest Hemingway, o filme é de 1943 atuado por Gary Cooper no papel de Robert Jordan e Ingrid Bergaman no papel de Maria. Produzido por Paramount.

 

Wrestling Hernst Hemingway/ filme

Este filme é de 1993 foi atuado por Robert Duvall, Richard Harris e Shirley MacLaine. Produzido por Warn Brows

 

A farewell to arms/ filme

O filme embora aparentemente uma história de amor dentro de um cenário de guerra, traz questionamentos a natureza e futilidade da guerra, sob a direção hábil de Frank Borzage.
O filme coletados um Oscar por Charles Lang para cinematografia e uma indicação adicional de melhor filme.Atuaram neste filme o ator Gary Cooper e a atriz Catherine Barkley.

 

 

 

 

 

O velho e o mar/ filme

Sozinho em um pequeno barco, um velho pescador cubano captura um imenso merlin, e deve desafiar o mar, lutando contra tubarões e contra o clima para levar seu grande prêmio par casa. O filme é de 1958, dirigido por John Sturges e com a performance de Spencer Tracy, o filme foi indicado ao Oscar.

 

Músicas

 Der Alte Mann und das Meer (disc 1, 2,3).

Por Quién Doblan Lãs Campanas ( abridged )    Ernest Hemingway.

TV

O Museu Ernest Hemingway, em Cuba, digitalizou mais de 2 mil documentos do escritor norte americano e agora o acervo está disponível para estudantes e pesquisadores. O programa "Metrópoles" é exibido pela TV Cultura de segunda a sexta-feira às 21h40.

 

Internet

Vários sites de pesquisa exibem desde a biografia do autor como também suas obras literárias.

Outro suporte que encontramos na internet é o Youtube, onde podem ser encontrados vários trechos de filmes e músicas baseados nas principais obras do autor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Ernest Hemingway é um dos principais autores do modernismo norte americano. O velho e o mar, sua última obra publicada em vida, foi escrita quando o autor morava em Cuba e é considerada a obra que qualifica Hemingway para o Prêmio Nobel de Literatura de 1954.

A obra é emocionante e envolvente por sua simplicidade e originalidade, características próprias do modernismo.

A relação do velho com a natureza de extrema cumplicidade e o seu completo sentimento de derrota são transmitidos ao leitor de maneira intensa.

Uma obra contemporânea e reveladora dos dramas humanos que se perpetua ao longo do tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

HEMINGWAY, Ernest. O velho e o mar. 61.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22.ed. São Paulo: Cortez, 2002. 

NABUCO, Carolina. Retrato dos Estados Unidos à luz de sua Literatura. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS GERAIS

 

 

http://www.saude-mental.com/pdf/vol7_rev4_leituras2.pdf acesso em: 18/09/2009

 

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u117.jhtm acesso em: 20/09/2009

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernest_Hemingway acesso em: 20/09/2009

 

http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-       BR&q=biografia+de+hernest+heingway&btnG=Pesquisar&lr=lang_pt acesso em: 23/09/2009

 

http://br.geocities.com/esquinadaliteratura/escolas/moder09. acesso em 1/10/2009

http://embaixadaamericana.org.br/HTML/literatureinbrief/chapter06.htm acesso em 1/10/2009

http://www.livrariacultura.com.br acesso em 25/09/2009

 

http://www.submarino.com.br acesso em 25/09/2009

 

http://www.lastfm.com.br/ acesso em 25/09/2009