Há dias em que prefiro a solidão
Há dias em que prefiro a solidão

Há dias em que prefiro a solidão

 

Há dias em que prefiro o silêncio à multidão,

Aliás, quase sempre é assim

Sinto-me só em meio a muitos

Sinto-me presa a uma farsa

Prefiro a solidão verdadeira à

  inventada pela minha mente

 De tempos em tempos

vivo de desesperanças e complexidades

Sigo sempre

Meus medos? Os escondo no escuro

Levanto-me e rezo para um Deus

Invisível me guiar

e quase sempre me guio só por caminhos tortos

Quase nunca vejo o mundo como é

Na minha versão da vida

Não tem espaço para mais nada

Tem momentos em que quero

tudo

em outros quero desaparecer

Gostaria de ficar inconsciente

Anestesiar-me

Gostaria de não sentir

de  não existir

ser imaterial

Dói demais ser

Dói demais sentir

Não entendo

Não vejo

Busco a fuga 

Apenas sinto que vou explodir.